O número de mortos durante os protestos contra o presidente Daniel Ortega na Nicarágua subiu para 108, de acordo com a ONG Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh).
O número de vítimas passou de 100 depois que pelo menos 25 pessoas morreram nos últimos dias em atos de violência em várias cidades do país da América Central, disse à Agência Efe um porta-voz do Cenidh.
A organização humanitária disse que as mortes, em geral, mantiveram o mesmo padrão, de disparos certeiros na cabeça, no pescoço ou no tronco, traços típicos de execução.
A ONG argumenta que as mortes associadas à crise da Nicarágua tem no esquerdista Daniel Ortega, líder há décadas do partido marxista Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), o seu principal responsável, na sua qualidade de chefe supremo da Polícia Nacional e líder das forças governistas.
A Nicarágua atravessa uma crise sociopolítica que teve como estopim as manifestações contra reformas na previdência emitidas pelo presidente.
Mesmo com a queda da reforma, os protestos continuaram, principalmente por causa da violenta repressão imposta pelo governo Ortega contra estudantes, que foi constatada e condenada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos e Anistia Internacional.
Com informações de BOL