Procurador Alexandre Camanho admite contatos, mas diz que tinha amizade com Rocha Loures; material foi encaminhado à Procuradoria.
Ao quebrar o sigilo do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, o homem da mala do presidente Michel Temer, a Polícia Federal (PF) encontrou um conjunto de mensagens eletrônicas trocadas pelo ex-assessor presidencial com um integrante da cúpula da Procuradoria-Geral da República (PGR) .
Registradas em 2016, as conversas envolvem o secretário-geral da gestão da PGR, Alexandre Camanho. Elas mostram que o procurador tinha íntima relação com o então braço-direito de Temer.
Camanho indica nomes para o ministério do emedebista e sugere repassar informações ao presidente por meio de Rocha Loures.
Num dos diálogos, Camanho diz ao assessor que tinha um “assunto importante e urgente” para tratar, mas pede que seja fora do palácio por ser “muito expositivo”.
Camanho, atualmente um dos principais auxiliares da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, deixou a presidência da ANPR em 2015, e as conversas ocorreram em 2016. Na época das conversas, Dodge ainda não era procuradora-geral da República e Camanho não era subordinado a ela.
Adaptado da fonte Globo