“Jamais assinaria nada contra a Lava Jato”, disse Sóstenes. “Foi, digamos, uma inocência da minha parte”, alegou Fonteyne.
175 deputados assinaram o requerimento para a criação da CPI da Lava Jato. Oposição e Centrão trabalharam em equipe para impulsionar investigação contra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e a força-tarefa da Operação Lava Jato.
Agora, caberá ao presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), instalar a comissão.
Após o militante norte-americano, Glenn Greenwald, celebrar o sólido avanço contra a maior operação de combate à corrupção da história brasileira, alguns deputados tentaram demonstrar arrependimento.
No entanto, pelo regimento da Casa, não é possível retirar apoio depois que o pedido é apresentado, informa O Antagonista.
O deputado Lucas Vergílio, do Solidariedade de Goiás, um dos vice-líderes do governo na Câmara, pediu a retirada de sua assinatura do requerimento, que foi protocolado na quinta-feira (12).
O deputado do DEM, Sóstenes Cavalcante, e o parlamentar do Novo, Alexis Fonteyne, também tentaram apresentar explicações por ter assinado o requerimento de criação da CPI.
“Eu tenho um princípio: assinar a favor de todas as CPIs, porque quem não deve não teme. Mas CPI contra a Lava Jato, eu jamais assinaria”, disse Sóstenes.
“Foi, digamos, uma inocência da minha parte. Não houve má-fé, não me sinto enganado”, alegou Fonteyne.