A utilização de alimentos à base de insetos era comum e funcionava como cuidado paliativo aos indivíduos doentes de uma comunidade nos Estados Unidos.
Em algum momento entre 1 mil e 1,4 mil anos atrás, um homem que vivia no sul do Texas sofreu um caso fatal de constipação.
Infectado com o parasita causador da Doença de Chagas, o cólon do homem inchou tanto que atingiu seis vezes seu diâmetro normal.
O inchaço fez a comida a se acumular a ponto de o levar à morte.
Agora, uma nova análise do corpo lançou luz sobre os últimos dias de vida do homem.
De acordo com o estudo, o sujeito passou fome por dois ou três meses antes de morrer. No entanto, para tentar se alimentar, ele consumiu gafanhotos.

O professor Karl Reinhard, da Escola de Recursos Naturais da Universidade de Nebraska, nos EUA, destacou que consumir gafanhotos não era uma prática típica na região.
Ainda segundo Reinhard, quem preparou o “banquete” para o rapaz teve o cuidado de arrancar algumas partes dos insetos:
“Eles tiravam as pernas, dando principalmente a parte do corpo rica em fluidos.”
O professor acrescentou:
“Além de ser rica em proteínas, é muito rica em umidade. Portanto, teria sido mais fácil para ele comer nos estágios iniciais de seu caso de megacólon.”
O corpo do antigo norte-americano foi reavaliado por Reinhard e sua equipe com um aparelho de microscopia eletrônica de varredura.