Pela primeira vez na história, a Arábia Saudita fechou acordo com o Vaticano para iniciar construção de igrejas para os cristãos que vivem na nação muçulmana.
O acordo foi assinado pelo secretário-geral da Liga Mundial Muçulmana, Mohammed bin Abdel Karim Al-Issa, e por representante do alto escalão do Vaticano, o cardeal Jean-Louis Tauran, segundo um relatório divulgado na quarta-feira (2).
O jornal Financial Express relatou que a recente abertura da Arábia Saudita e a cooperação sociocultural com o mundo não-muçulmano deriva de um desejo de reduzir a dependência dos recursos petrolíferos, seu principal impulsionador econômico.
Durante visita ao reino saudita, o cardeal Tauran lembrou das “centenas de milhares de cristãos no Reino Saudita”, insistindo que o Papa Francisco acompanha a situação “com muita atenção”.
O cardeal também reiterou a posição do Vaticano sobre o tratamento igualitário para todos os cidadãos, independentemente de sua religião, incluindo aqueles que não professam qualquer religião, e apelou para o estabelecimento de uma base comum para a construção de igrejas.
O principal fruto da visita do cardeal foi o acordo conjunto que prevê a construção de igrejas para cuidar das necessidades dos cristãos na Arábia Saudita.
A Arábia Saudita é atualmente o único país do Oriente Médio sem uma única igreja cristã, depois que o Qatar abriu uma em março. O regime saudita adota o wahabismo islâmico, que proíbe todas as formas de atividades religiosas não muçulmanas.
O novo acordo também pede a criação de um comitê de coordenação com dois representantes de cada lado para organizar futuras reuniões. O comitê deve se reunir a cada dois anos, alternando entre Roma e uma cidade escolhida pela Liga Mundial Islâmica.
Matéria traduzida e adaptada de Breitbart