“O inquérito apura fatos pertinentes a ambos”, disse o procurador-geral sobre o inquérito aberto pelo STF.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, comentou, nesta segunda-feira (27), sobre o inquérito em torno das denúncias feitas pelo agora ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, contra o presidente da República, Jair Bolsonaro.
A abertura das investigações foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, na noite de ontem.
Em conversa com a emissora CNN Brasil, Aras disse que o “inquérito apura fatos pertinentes” a Moro e Bolsonaro:
“Há a possibilidade de surgir novos tipos penais que não foram aventados na nossa instauração de inquérito. Contra um, contra outro ou contra terceiros.”
O procurador-geral disse que Bolsonaro será investigado por:
- crimes de falsidade ideológica;
- coação no curso do processo;
- advocacia administrativa;
- prevaricação;
- obstrução de justiça;
- denunciação caluniosa;
- crime contra a honra.
Aras destacou que Moro, por sua vez, poderá responder por denunciação caluniosa:
“O inquérito apura fatos pertinentes a ambos. Todavia, é importante dizer que, no que toca ao ex-ministro da Justiça, a denunciação caluniosa é um tipo penal, que, em tese, é aplicado quando alguém dá causa à instauração de inquérito. E as declarações do ex-ministro deram causa à instauração de inquérito.”