AMB divulgou nota após a Sociedade Brasileira de Infectologia recomendar o abandono da cloroquina para tratar Covid-19.
A Associação Médica Brasileira (AMB) defendeu a autonomia dos profissionais de saúde para receitarem a hidroxicloroquina para pacientes infectados com o coronavírus.
Em uma nota pública, divulgada neste domingo (19), a diretoria da AMB vê motivação política nas críticas ao fármaco:
“[Há um risco de] legado sombrio para a medicina brasileira, caso a autonomia do médico seja restringida, como querem os que pregam a proibição da hidroxicloroquina.”
Apesar de admitir que não há, por ora, “estudos seguros, robustos e definitivos sobre a questão”, a associação diz ser “importante lembrar que o uso off label (não prevista na bula) de medicamentos é consagrado na medicina, desde que haja clara concordância do paciente”.
A AMB ainda alertou que “muitos sairão da pandemia apequenados, principalmente médicos e entidades médicas que escolherem manipular a ciência para usá-la como arma no campo político-partidário”.
No texto, segundo a CNN Brasil, a AMB acrescentou:
“Não podemos permitir que ideologias e vaidades, de forma intempestiva, alimentadas por holofotes, nos façam regredir em práticas já tão respeitadas.”
E concluiu:
“Não se pode clamar por ciência e adotar posicionamentos embasados em ideologia ou partidarismo, ignorando práticas consolidadas na medicina. Isso é um crime contra a medicina, contra os pacientes e, sobretudo, contra a própria ciência.”