Formado por duas estrelas anãs vermelhas, um sistema binário praticamente invisível é capaz de distorcer o espaço-tempo.
O comportamento da estrela Gaia16aye, na constelação de Cisne, a 2,5 mil anos-luz da Terra, nunca tinha sido visto anteriormente.
Em 2016, esta estrela aparentemente ressuscitou com um brilho que parecia indicar um supernova. Porém, o brilho incomum durou apenas um dia. No outro, ela já estava escura novamente.
Esse padrão incomum intrigou muitos astrônomos, que passaram a observar a estrela com ainda mais atenção para compreender os últimos acontecimentos.
Nos meses seguintes, o evento incomum foi observado outras vezes.
Os cientistas então deduziram que algum objeto nas proximidades da Gaia16aye estaria alterando o espaço-tempo em torno da estrela, ampliando a sua luminosidade de tempos em tempos.
Agora, quatro anos após a primeira observação, os astrônomos determinaram quem seria o causador da distorção.
De acordo com os especialistas, o culpado por tudo é um sistema binário praticamente invisível, formado por duas estrelas anãs vermelhas que orbitam um mesmo centro gravitacional.
Sua luz é tão fraca que não é possível enxergá-las da Terra, mas, mesmo assim, os cientistas conseguiram determinar algumas características como massa, distância e órbita, através do efeito causado em Gaia16aye.
“Não vemos esse sistema, mas ao analisar seus efeitos fomos capazes de determinar tudo sobre ele”, explica o astrônomo Przemek Mróz, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos, segundo o site TecMundo.
