Martins disse que o autoritarismo “persegue qualquer um que ouse manifestar pensamentos divergentes e incômodos”.
Filipe Martins, Assessor Especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, criticou, nesta sexta-feira (26), a prisão de organizadores dos supostos “atos antidemocráticos”, que estão na mira de inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em mensagem no Twitter, Martins afirmou:
“Primeiro afirmam que uma manifestação é autoritária e anti-democrática, sem qualquer esforço para comprovar o que dizem, e, em seguida, começam a prender os supostos organizadores dessa manifestação com base em nada além de suas próprias afirmações solipsistas e jamais provadas.”
E acrescentou:
“O autoritarismo, hoje, se disfarça de anti-autoritarismo e, em nome da democracia, viola liberdades fundamentais, criminaliza opiniões, desrespeita a liberdade de reunião e persegue qualquer um que ouse manifestar pensamentos divergentes e incômodos.”
As declarações de Martins foram publicadas após a prisão do jornalista Oswaldo Eustáquio, que é alinhado ao presidente da República, Jair Bolsonaro.
Eustáquio foi preso por determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes, após pedido da Polícia Federal (PF), que apontou “risco de fuga” para o Paraguai.