O presidente eleito do Brasil disse que não vai acabar com exame, mas tratará da questão de outra forma.
Jair Bolsonaro (PSL) criticou nesta segunda-feira (5) uma questão da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) que tratava do “dialeto secreto” utilizado por travestis.
O presidente eleito disse o Ministério da Educação “não tratará de assuntos dessa forma” em seu governo.
Em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, na Band, nesta segunda-feira (5), Bolsonaro declarou:
Uma questão de prova que entra na dialética, na linguagem secreta de travesti, não tem nada a ver, não mede conhecimento nenhum. A não ser obrigar para que no futuro a garotada se interesse mais por esse assunto. Temos que fazer com que o Enem cobre conhecimentos úteis.
O capitão reformado do Exército negou que pretenda acabar com o exame, mas disse que seu governo não vai “ficar divagando sobre questões menores”.
Ele acrescentou:
Ninguém quer acabar com o Enem, mas tem que cobrar ali o que realmente tem a ver com a história e cultura do Brasil, não com uma questão específica LGBT. Parece que há uma supervalorização de quem nasceu assim.
A questão à qual Bolsonaro se refere é a de número 37 do caderno de Linguagens, conforme noticiou a Renova Mídia.
Entre as questões da prova de Linguagens do ENEM, chamou atenção uma pergunta que abordava um dicionário criado somente para o vocabulário usado por travestis.https://t.co/bPuhZSPn8P
— RENOVA (@RenovaMidia) November 5, 2018
Adaptado da fonte Folha