Levy deixa BNDES e banco pode ter ênfase na privatização. Governo cogita concentrar gestão de venda de estatais na instituição.
A saída de Joaquim Levy da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) abre espaço para uma reformulação no papel do banco pela equipe econômica, que já pensa em concentrar a gestão das privatizações na instituição.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, quer que a troca no comando do banco reforce o discurso de “despetização” do BNDES.
O novo chefe do banco terá que avançar a promessa de campanha de Bolsonaro de abrir o que chama de “caixa-preta” da estatal.
O chefe do Executivo já deixou claro que quer investigar a responsabilidade pelos financiamentos concedidos a empreiteiras para obras no exterior nas gestões do Partido dos Trabalhadores (PT). Cuba e Venezuela foram algumas das nações beneficiadas.
Segundo fontes da equipe econômica ouvidas pelo jornal Estadão, com a redução do tamanho do banco na concessão de crédito, o BNDES perdeu a relevância que tinha em governos anteriores para o fomento da economia e, poderia assim, assumir também outras funções, como a de gerir privatizações.