O chanceler Ernesto Araújo afirmou que os cargos comissionados e funções de chefia do Itamaraty só serão ocupados por integrantes da carreira diplomática.
A afirmação se refere à medida provisória (MP) que define a reestruturação do Poder Executivo a partir da nova configuração do governo.
Durante cerimônia de transmissão de cargo no Itamaraty nesta quarta-feira (2), o ministro Ernesto Araújo declarou:
Queria dizer que nós não precisamos e não vamos abrir cargos do Itamaraty para pessoas de fora da carreira, além dos casos que já existem.
Segundo o chanceler, apenas foi flexibilizado o sistema de nomeação para cargos por funcionários de carreira.
Em um discurso que ficou marcado pela forte oposição ao globalismo, o novo chefe do Itamaraty acrescentou:
O presidente Bolsonaro confia inteiramente na capacidade dessa Casa e dessa carreira de implementar a sua política. Nós simplesmente tomamos uma medida de flexibilizar a ocupação de cargos do Itamaraty por funcionários da carreira em determinados níveis hierárquicos, justamente para arejar os fluxos da carreira, inclusive estimular nossos colegas a ocuparem esses cargos.
Anteriormente, Araújo havia dado a mesma informação em postagem na sua conta oficial no Twitter.
O que se fez foi, com base nos princípios de eficiência administrativa e meritocracia, otimizar a designação de servidores do Serviço Exterior para cargos em comissão e funções de chefia.
— Ernesto Araújo (@ernestofaraujo) January 2, 2019
Atualmente, os cargos comissionados da estrutura do ministério são ocupados por servidores de carreira, exceto nas nomeações de embaixadores do Brasil no exterior e do próprio cargo de chanceler, informa a agência “EBC“.