“Força vital de uma sociedade liberal, a livre troca de informações e ideias está diariamente se tornando mais restrita”, diz o texto.
Um grupo de 153 artistas e intelectuais internacionais assinou um documento intitulado “Uma Carta sobre Justiça e Debate Aberto”, que alerta contra um “clima intolerante” que envolve a “cultura do cancelamento”.
A carta, que foi publicada pela Harper’s Magazine, repercutiu em várias publicações internacionais de renome nesta quarta-feira (8).
Com críticas ao presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, o texto aplaude a causa dos manifestantes que estão saindo às ruas mundo afora em protestos contra o racismo e a violência, mas insistindo que um “clima intolerante” está sendo proporcionado por ambos os lados do espectro político.
De acordo com um trecho da carta:
“Força vital de uma sociedade liberal, a livre troca de informações e ideias está diariamente se tornando mais restrita. […] Uma intolerância a pontos de vista opostos, uma moda de vergonha e ostracismo públicos e a tendência de dissolver questões políticas complexas em uma certeza moral ofuscante.”
A carta foi encabeçada pelo escritor Thomas Chatterton Williams. Entre os signatários estão:
- David Greenberg, historiador;
- Mark Lilla, escritor;
- Robert Worth, jornalista;
- George Packer, jornalista;
- Reginald Dwayne Betts, poeta;
Williams, que é afro-americano, segundo O Globo, tentou se proteger dos ataques do movimento de extrema esquerda Black Lives Matter:
“Não somos apenas um monte de velhos brancos sentados escrevendo esta carta. Inclui muitos pensadores negros, muçulmanos, judeus, pessoas trans e gays, velhos e jovens, de direita e de esquerda.”