O presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou na tarde de quarta-feira (14) a indicação do diplomata Ernesto Fraga Araújo para o cargo de ministro das Relações Exteriores de seu governo.
Assim como a maior parte dos jornalistas da grande mídia, o ex-chanceler petista Celso Amorim demonstrou completo desconhecimento sobre a diferença entre “globalismo” e “globalização”.
Ernesto Araújo é um crítico ferrenho do globalismo e está foi uma das principais razões pela qual foi escolhido pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para chefiar o Itamaraty, conforme noticiou a Renova Mídia.
O novo chanceler do #Brasil, Ernesto Fraga, acredita que Donald Trump está salvando a civilização cristã ocidental do "islamismo radical" e do “marxismo cultural globalista”.https://t.co/Mz58TfLSBc
— RENOVA (@RenovaMidia) November 14, 2018
O discurso de Ernesto Araújo não está repercutindo bem na grande mídia.
Falamos mais cedo sobre um certo desconhecimento por parte dos principais veículos de imprensa sobre os conceitos de globalismo e globalização.
As diferenças entre os dois são “abissais, irreconciliáveis. Não dá para usá-las como sinônimos nunca. Globalismo é um conceito político, enquanto globalização é conceito econômico”.
Ao confundir "globalismo" com "globalização", jornalistas da grande mídia partiram para o ataque contra o futuro chanceler do #Brasil, Ernesto Araújo.https://t.co/mdbBvIor7w
— RENOVA (@RenovaMidia) November 16, 2018
Para Celso Amorim, ex-Ministro das Relações Exteriores, que atuou por oito anos no governo do ex-presidente Lula, e durante dois anos do governo de Itamar Franco, caso as posições de Araújo e de Bolsonaro sejam colocadas em prática, representariam a “volta à Idade Média”.
Segundo Amorim, um posicionamento anti-globalização e subserviente ao governo dos EUA seria prejudicial para as relações brasileiras com a grande maioria dos países do mundo.
Em entrevista ao blog petista Brasil de Fato, Amorim falou sobre a indicação do novo chanceler:
É viver em um outro mundo, uma volta à Idade Média. Não tem cabimento, você pode até ser contra certos aspectos da globalização. Nós mesmos somos críticos, quando defendemos a agricultura familiar, que o comércio internacional tem que ter certas regras. Elas são necessárias justamente para disciplinar a globalização, para que os benefícios sejam distribuídos de maneira mais justa. Mas não se pode negar a globalização. É você negar a vida, dizer que ela era melhor quando não havia a escrita, ou a imprensa. É algo parecido com isso.
“Excelente! Se Celso Amorim elogiasse o Embaixador Ernesto Araújo aí sim estaríamos preocupados”, disse o deputado federal mais votado da história de São Paulo, Eduardo Bolsonaro, em resposta à matéria da Renova Mídia.
Excelente! Se Celso Amorim elogiasse o Embaixador Ernesto @ernestofaraujo aí sim estaríamos preocupados. Com o Embaixador Ernesto a frente do MRE o Brasil deixará de ser um anão diplomático. https://t.co/Va60j1w1GU
— Eduardo Bolsonaro (@BolsonaroSP) November 16, 2018
Enquanto isso, o presidente eleito deixou claro para o seu futuro chanceler qual será sua principal missão como ministro das Relações Exteriores: varrer os resquícios do Partido dos Trabalhadores (PT) do Itamaraty, conforme noticiamos ontem.
A principal recomendação do futuro presidente do #Brasil ao seu chanceler é eliminar vestígios, programas e diplomatas dos governos petistas, particularmente aqueles ligados ao ex-ministro Celso Amorim. https://t.co/qoyKWlUeRt
— RENOVA (@RenovaMidia) November 15, 2018