O Ministério das Relações Exteriores do Brasil orientou seus diplomatas em Caracas a ignorarem Nicolás Maduro e responderem apenas ao presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.
O governo do Brasil, ao lado de dezenas de outras nações, passou a considerar a partir desta quarta-feira (23) a Assembleia Nacional da Venezuela, órgão liderado por Juan Guaidó, como a única autoridade legítima do país vizinho.
Em conversa com o jornal “Estadão”, o chanceler Ernesto Araújo indicou que não vai retirar da Venezuela os diplomatas brasileiros.
A decisão do governo brasileiro está em sintonia com uma carta assinada pelo próprio Guaidó e enviada a todas as embaixadas estrangeiras em Caracas.
No documento, o presidente interino afirma que “deseja firmemente que mantenham sua presença diplomática em nosso país”.
Na terça-feira (22), o chanceler brasileiro já havia sinalizado a contrariedade do governo à legitimidade do governo da Venezuela, se referindo a Maduro como “ex-presidente” em sua conta no Twitter, conforme noticiou a RENOVA.
O ministro Ernesto Araújo destacou o apelo do Tribunal Superior de Justiça da #Venezuela ao povo e às Forças Armadas para que "não mais reconheçam a autoridade do ex-presidente Nicolás Maduro".https://t.co/GHYUhuxa5w
— RENOVA (@RenovaMidia) January 22, 2019