As relações entre as duas maiores potências mundiais estão tensas em inúmeras questões.
O regime comunista da China denunciou, nesta quinta-feira (16), a “discriminação racial generalizada” nos Estados Unidos, país que vem enfrentando uma onda de distúrbios violentos promovidos por grupos alinhados ao movimento de extrema esquerda Black Lives Matter.
A denúncia de Pequim é uma resposta às sanções norte-americanas visando a gigante chinesa das telecomunicações Huawei.
Em conversa com a imprensa, Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, declarou:
“Não há nada de limpo no que os Estados Unidos estão fazendo. São golpes baixos. A única falha da Huawei é ser chinesa.”
De acordo com a agência France-Presse, a porta-voz também denunciou as acusações de Washington em matéria de direitos humanos, apontando para a “discriminação racial” em solo americano:
“Se Pompeo quer falar sobre direitos humanos, deve perguntar a George Floyd e aos membros de minorias étnicas nos Estados Unidos o que eles pensam sobre isso.”
Ontem, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, acusou a empresa de telecomunicações de instalar tecnologia de vigilância em Xinjiang – uma região no noroeste da China onde um milhão de uigures e membros de outros grupos étnicos muçulmanos estão ou foram internados em campos de concentração.