Seul interrompeu as transmissões por alto-falantes destinadas à Coreia do Norte a partir da área desmilitarizada, na véspera da cúpula intercoreana agendada para 27 de abril.
Desde 2015, após um intervalo de 11 anos, a Coreia do Sul realizava ações de “guerra psicológica” contra a Coreia do Norte. Assim, o país dedicava várias horas por dia às transmissões por alto-falante com críticas ao regime comunista de Kim Jong-un.
O Ministério da Defesa explicou que se trata de uma tentativa de “criar um ambiente de paz e suavizar as tensões militares na véspera da cúpula” entre os dois países.
Segundo a agência de notícias Yonhap, o ministro declarou:
Esperamos que essa medida ajude a acabar com as acusações mútuas e a difusão de propaganda um contra o outro.
De acordo com informações da DW:
Na próxima sexta-feira, o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, realizarão um encontro histórico na parte sul-coreana da zona desmilitarizada, no vilarejo de Panmunjom, na fronteira entre os dois países.
Kim vai ser o primeiro governante norte-coreano a pisar em solo sul-coreano desde o fim da Guerra da Coreia (1950-53). As duas anteriores cúpulas intercoreanas, em 2000 e 2007, ocorreram em Pyongyang.
Na sexta-feira, a Coreia do Norte anunciou a suspensão dos testes nucleares e de lançamentos de mísseis de longo alcance e afirmou que tem planos para encerrar as instalações de testes nucleares. A agência estatal de notícias da Coreia do Norte, a KCNA, adiantou que a suspensão dos testes nucleares tinha efeito a partir de sábado.