Em um acordo de delação premiada, o ex-ministro Antonio Palocci afirmou que bancos fizeram doações eleitorais de R$ 50 milhões a campanhas do Partido dos Trabalhadores (PT) em troca de favores nos governos Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Um relatório da Polícia Federal (PF) obtido pelo jornal Estadão, no entanto, mostra que a delação de Palocci envolvendo supostos repasses do banco BTG a Lula por informações privilegiadas foi desmentida.
A conclusão do delegado da PF, Marcelo Feres Daher, da última terça-feira (11), é de que não há provas que corroborem a versão de Palocci.
Ainda segundo o delegado, as informações dadas por ele poderiam ser tiradas de pesquisas na internet e de notícias veiculadas em jornais.
“Quanto aos fatos delatado por Antonio Palocci, observa-se que foram desmentidos por todas as testemunhas declarantes, inclusive por outros colaboradores da justiça, que aparentemente não teriam prejuízo algum em confirmarem a narrativa de Palocci, caso entendessem ser verdadeira”, escreveu o delegado na decisão.