Motorista que registrou por 10 anos subornos em cadernos fotografou ação de seu chefe, identificado agora por empresário.
O motorista argentino Oscar Centeno, que anotou em cadernos relatos minuciosos de entrega de propina de empresários a kirchneristas entre 2005 e 2015, também fotografou algumas destas operações.
Uma dessas imagens, publicada no domingo (5) pelo jornal Clarín, mostra um homem com uma sacola em que haveria dinheiro vivo.
O empresário Juan Carlos de Goycoechea reconheceu a pessoa na foto, feita na porta de seu escritório, como sendo o kirchnerista Roberto Baratta, então número 2 do Ministério do Planejamento e chefe do motorista.

Depois de se entregar na sexta-feira (3), Goycoechea, que estava esquiando quando o escândalo foi conhecido na quarta-feira, aceitou participar como delator, uma figura nova no sistema legal argentino.
Goycoechea era o diretor do grupo de energia espanhol Isolux Corsan, que obteve contratos milionários durante o kirchnerismo.
Segundo meios de imprensa argentinos, o empresário afirmou à Justiça que havia pressões do Ministério do Planejamento para que os empresários fizessem “colaborações” cuja finalidade seria financiar campanhas, em troca de contratos de grandes obras.
O motorista que apontou em cadernos os detalhes de um grande esquema de pagamento de propina envolvendo a ex-presidente Cristina Kirchner foi libertado pela Justiça da Argentina na sexta-feira (3).
O motorista que apontou em cadernos os detalhes de um grande esquema de pagamento de propina envolvendo a ex-presidente Cristina Kirchner foi libertado pela Justiça da #Argentina.https://t.co/YhNT9RvIZo
— RENOVA (@RenovaMidia) August 4, 2018
Com informações do Estadão