“Enfrentamos uma guerrilha urbana, uma guerra civil dentro de um bairro”, diz policial francês.
A cidade de Dijon, no leste da França, vem sendo palco de distúrbios violentos relacionados a um suposto acerto de contas por membros de gangues da Chechênia, um país majoritariamente muçulmano.
Por quatro noites consecutivas, os moradores de Dijon tiveram que lidar com distúrbios e cenas que chocaram o país.
De acordo¹ com a polícia local, os incidentes teriam sido provocados por uma agressão ocorrida neste mês contra um checheno de 16 anos.
Membros da comunidade chechena provenientes de outras regiões da França e até de países vizinhos, como Bélgica e Alemanha, viajaram para Dijon para vingar o ataque.
Na segunda-feira à noite (15), dezenas de homens encapuzados carregando armas automáticas se reuniram no bairro de Grésilles, onde atiraram para o ar, destruíram câmeras de vigilância e colocaram fogo em contêineres e veículos.
Stéphane Ragonneau, secretário regional do sindicato de polícia Aliança, declarou:
“Enfrentamos uma guerrilha urbana, uma guerra civil dentro de um bairro.”
Pelo menos 100 policiais de diversas corporações envolvidas na segurança pública foram mobilizados para encerrar o tiroteio, o que só aconteceu após um amplo período de tempo.
O ministro da Agricultura, Didier Guillaume, lamentou:
“Ver jovens brandindo armas, 100 pessoas brigando, agredindo um ao outro é inaceitável.”
A líder direitista Marine Le Pen criticou:
“Nosso país está afundando no caos! Gangues estão travando uma guerra étnica com armas automáticas em suas mãos.”
O prefeito socialista de Dijon, François Rebsamen, criticou o destacamento policial insuficiente:
“Como a justiça chega tarde demais e a polícia não tem os meios, a comunidade chechena decidiu aplicar sua própria lei.”
Referências: [1]