A decisão do presidente Jair Bolsonaro de reconhecer Juan Guaidó como presidente da Venezuela não agradou a esquerda brasileira.
PT, PC do B e PSOL se manifestaram contra a declaração de Jair Bolsonaro a favor do líder opositor Juan Guaidó, que se declarou presidente interino da Venezuela.
Por intermédio de sua assessoria, o presidiário Lula da Silva divulgou nota nesta quinta-feira (24) afirmando que Bolsonaro não tem moral para falar da Venezuela.
Em seus comunicados, os partidos de esquerda frisaram a tradição histórica do Brasil de não interferência e busca de saídas negociadas para conflitos em países vizinhos.
“Incapaz de lidar com os problemas reais do Brasil, o governo de Jair Bolsonaro intrometeu-se nos assuntos internos de um país vizinho, a Venezuela, submetendo-se de forma humilhante à política externa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump”, diz o Partido dos Trabalhadores (PT).
Ainda na quarta-feira (23), a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, já havia criticado o posicionamento de Jair Bolsonaro e Donald Trump, conforme noticiou a RENOVA.
Gleisi Hoffmann (PT) declarou:
— RENOVA (@RenovaMidia) January 14, 2019
"São muito preocupantes os movimentos dos governos Trump e Bolsonaro, entre outros, para desestabilizar o governo eleito de Maduro e sustentar um governo paralelo da oposição."https://t.co/CIg2j2VqRq
“Alinhar-se aos interesses dos EUA e à oposição de direita representa, portanto, um grave ataque à soberania do povo venezuelano, que só se justifica pela necessidade de encobrir os graves escândalos envolvendo a família Bolsonaro”, diz a nota do PSOL.
“O Brasil há 140 anos não tem conflitos militares com seus vizinhos. Ao contrário, sempre adotou os caminhos negociados e equilíbrio pragmático nas relações internacionais, em especial com os vizinhos latino-americanos e caribenhos”, diz o comunicado do Partido Comunista do Brasil (PC do B), segundo o “Yahoo“.