Abiy Ahmed, primeiro-ministro da Etiópia, deu às forças regionais do Tigré um ultimato de 72 horas para se renderem.
Após o término do período, os militares do país vão inciar uma ofensiva na capital regional de Mekelle.
Em mensagem publicada no Twitter, neste domingo (22), Ahmed declarou:
“Pedimos que vocês se entreguem pacificamente dentro de 72 horas, reconhecendo que estão em um ponto sem volta.”
Um porta-voz militar disse à agência Reuters que tropas etíopes cercariam Mekelle com tanques e poderiam bombardear a cidade para forçar a rendição dos rebeldes.
A Frente de Libertação do Povo do Tigré (TPLF), que se recusa a entregar seu domínio na região norte, disse que as forças estão cavando trincheiras e se mantendo firmes.
Apesar da pouca cobertura da imprensa internacional, a integridade política da Etiópia, a segunda nação mais populosa da África, está em jogo com o país à beira de uma guerra civil.
A tragédia humanitária já se estende para países vizinhos: pelo menos 27 mil etíopes cruzaram a fronteira para o Sudão nas últimas duas semanas. Este é o maior influxo no país em 20 anos, como noticiou a RenovaMídia.