O governo dos Estados Unidos garantiu nesta segunda-feira (17) que sua política na Síria não está dirigida a “remover” Bashar al Assad, mas acrescentou que só contribuirão com a reconstrução do país caso o regime mude “fundamentalmente”.
O representante especial para a diplomacia americana na Síria, James Jeffrey, disse que o regime em Damasco deve estar disposto a “ceder”, considerando que ainda não acabou completamente com a guerra após sete anos de combates, e avaliando que persistem no território cerca de 100 mil combatentes opostos ao governo sírio.
“Queremos ver um regime que seja completamente diferente. Não falo em tirar o regime, não tratamos de remover Assad”, explicou.
Calculando que a Síria precisa de 300 a 400 bilhões de dólares para sua reconstrução, Jeffrey insistiu na postura tradicional das potências ocidentais: não há dinheiro sem uma solução política aceita por todos e sem mudança de comportamento por parte do governo sírio.
O governo do presidente democrata Barack Obama exigia a saída de Assad, mas após a chegada do republicano Donald Trump à Casa Branca, no início de 2017, a saída do dirigente sírio deixou de ser uma prioridade e passou a depender do povo sírio, registra a “AFP“.