O ex-embaixador norte-americano Thomas Shannon espera que Jair Bolsonaro boicote a ditadura de Nicolás Maduro.
“No campo político, a Venezuela é certamente a questão maior e mais premente, mas é preciso falar sobre a China”, disse o diplomata americano sobre a futura parceria entre Estados Unidos e o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro.
Em entrevista à “Folha de S. Paulo“, o ex-embaixador Thomas Shannon foi questionado sobre a situação da Venezuela: “O que o Brasil poderia fazer, que ainda não está fazendo?”
Ele respondeu:
No último um ano e meio, o Brasil desempenhou um papel muito importante, por meio da OEA e do Grupo de Lima. É importante haver coerência nas ações da região, e a conversa entre Bolsonaro e Bolton será importante para isso. Tanto o Brasil como os EUA querem continuar pressionando o governo venezuelano a permitir a entrada de ajuda humanitária.
Indagado sobre se o Brasil poderia aplicar uma espécie de boicote à ditadura de Nicolás Maduro, o diplomata retrucou:
Isso depende da estrutura de sanções do país, não sei até onde o Brasil pode ir nesse sentido. Mas o Brasil tem investimentos significativos na Venezuela e é um grande fornecedor de alimentos, ou seja, tem outras alavancas que pode usar.
Na manhã desta quinta-feira (22), conforme publicou a Renova Mídia, Shannon também falou sobre as relações comerciais brasileiros com EUA e China.
Thomas Shannon declarou:
"Acredito que o presidente eleito e sua equipe entendem que, ainda que seja importante vender commodities para a #China, o tipo de relação econômica que o país tem com os #EUA oferece muito mais para o futuro do #Brasil."https://t.co/5BW5JXVM4u
— RENOVA (@RenovaMidia) November 22, 2018