Cotado para o ministério do Meio Ambiente, mas preterido por Ricardo Salles, o ex-tucano diz que mantém seu apoio a Bolsonaro.
Em entrevista ao jornalista João Batista Jr., na revista “Veja“, o agrônomo Xico Graziano disse que o “apoio a Bolsonaro segue intacto”, apesar de não ter sido o escolhido para chefiar a pasta do Meio Ambiente.
Questionado sobre o rótulo de terrorista atribuído ao MST pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, o ex-tucano disse que concorcava e respondeu:
Não tem cabimento dar terra a invasores. Também concordo que a população possa ter armas. Na questão do campo, a polícia não consegue fazer patrulha em toda a zona rural. O cidadão precisa ter meios de se defender de uma invasão.
O entrevistador perguntou a Graziano o motivo dele ter deixado o PSDB. A resposta foi direta:
Há várias razões. Vi o partido ficar cada vez mais fossilizado, fazendo parte da podridão da política partidária que se instalou no país. O PSDB não conseguiu atualizar seu programa. Os jovens querem menos Estado, mais eficiência. Não tem sentido falarmos em negociar com sindicatos quando muitas pessoas fazem home office e outras contratam empresas terceirizadas na Tailândia. O PSDB desmilinguiu-se nas ideias e ficou interessado na briga intestina entre Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra.