O ministro do STF, Edson Fachin, tirou das mãos do juiz Sérgio Moro delações que envolvem pagamentos da Odebrecht para os marqueteiros petistas João Santana e Mônica Moura, pela campanha de Hugo Chávez, na Venezuela, em 2012.
O caso, que envolve supostos repasses ao ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Lula, Franklin Martins, deverá ser julgado pela Justiça Federal de Brasília, por decisão do ministro.
De acordo com informações do Estadão:
Em delação, Mônica Moura afirmou que o valor acertado para a campanha teria sido fixado em US$ 35 milhões. Desse montante, segundo Mônica, apenas US$ 20 milhões foram pagos.
Do total recebido, US$ 9 milhões teriam sido pagos em offshores dos marqueteiros no exterior pela Odebrecht e pela Andrade Gutierrez, e R$ 11 milhões teriam sido oferecidos pessoalmente pelo então chanceler Nicolas Maduro.
Segundo os delatores, parte teria sido repassada à mulher do ex-chefe da Comunicação Social no governo Lula, Franklin Martins, a título de custeio de serviços de marketing de internet para a campanha.
A defesa do ex-ministro, constituída pelo advogado Ademar Rigueira, havia argumentado a Fachin que os fatos narrados pelos delatores não têm conexão com a Petrobrás.