Em 2016, o minerador Neil Loveless saiu para o trabalho nas montanhas de Yukon, no Canadá, e acabou fazendo uma descoberta incrível.
Em meio ao permafrost — tipo de solo constituído por terra e gelo –, havia um pequeno lobo morto, mas que estava com o corpo perfeitamente conservado.
Recentemente, após a múmia ser submetida a uma série de análises, como estudos de DNA e datação de carbono, uma pesquisa foi publicada na revista científica Current Biology com informações mais detalhadas.
A pequena múmia era uma fêmea filhote de 700 gramas, que parece ter morrido entre sua sexta e sétima semana de vida. Ela estava com a pele, ossos e órgãos praticamente intactos.
O animal foi batizado como Zhùr, que significa “lobo” na língua Hän, que é falada pelo povo local Trʼondëk Hwëchʼin.

Os cientistas concluíram que a filhote viveu entre 56 e 57 mil anos atrás, durante o Último Período Glacial.
Também foi observado que o genoma do animal tem ligações com uma espécie antiga que parece ser o ancestral comum dos lobos cinzentos modernos — Canis lupus.
A hipótese principal divulgada pelos pesquisadores sobre a morte de Zhùr é a de que a toca em que estava desabou sobre ela.
Os cientistas chegaram a esta conclusão após perceberem que o solo onde a toca foi cavada era arenoso e instável, destaca a revista New Scientist.