Jornal ‘O Globo’ publicou editorial às 11:16 desta quarta-feira (04) condenando as declarações do General Villas Bôas, Comandante do Exército Brasileiro
No início do dia, o Partido dos Trabalhadores (PT) havia publicado nota acusando a Rede Globo de incitar um golpe militar no país.
#Brasil: “A Globo quer repetir o que fez em 64, quando incitou chefes militares contra o governo de Jango Goulart. E o faz agora para pressionar o STF”, diz o Partido dos Trabalhadores (PT).https://t.co/rHbA3zQir3
— RENOVA (@RenovaMidia) April 4, 2018
Editorial é um artigo publicado em veículos da imprensa e que possui conteúdo opinativo. O ponto de vista pode ser da empresa ou da redação sem ter que cumprir com a “obrigação jornalística” de imparcialidade.
Entre as frases mais impactantes da matéria podemos citar: “O general avançou o sinal da Constituição”, “Não cabe a um chefe militar opinar sobre questões políticas ou judiciais” e “Quaisquer que fossem suas intenções, a manifestação foi inadequada.”
Confira o editorial na íntegra logo abaixo ou clicando AQUI.
O cidadão Eduardo Villas Bôas poderia compartilhar suas dúvidas sobre quem pensa “no bem do país e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais”. Mas o general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, não deveria.
Eduardo Villas Bôas poderia compartilhar “o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição”, mas não em nome do Exército, tampouco às vésperas do julgamento de habeas corpus impetrado pelo ex-presidente Lula.
O general avançou o sinal da Constituição, mesmo que isso tenha acontecido impulsionado por reais preocupações com desdobramentos decorrentes da concessão do habeas corpus pelo Supremo, numa quebra injustificável da jurisprudência da Corte, de que sairá vitoriosa a impunidade.
As instituições republicanas estão suficientemente fortes para, por meio da Constituição, contornar-se qualquer recuo na luta contra a corrupção. A mesma Carta a que estão submetidas as Forças Armadas, sob comando do poder civil. Não cabe a um chefe militar opinar sobre questões políticas ou judiciais.
Quaisquer que fossem suas intenções, a manifestação foi inadequada