Ofensiva atípica em cima da Polícia Federal ignora o fato de os inquéritos serem sigilosos e estarem em fase inicial e se dá em meio a diversas tentativas frustradas de interromper a paralisação dos caminhoneiros.
Sem conseguir terminar por completo a paralisação dos caminhoneiros, o governo Michel Temer pressiona a Polícia Federal a acelerar investigações e prender suspeitos de dar suporte ilegal ao movimento.
O diretor-geral da PF, Rogério Galloro, em reunião no Palácio do Planalto, chegou a ter de fazer uma explicação básica de como as prisões ocorrem no Brasil.
De acordo com informações da Gazeta do Povo:
A explanação se deu como resposta a diversas cobranças feitas durante uma das reuniões do fim de semana, de que as detenções seriam importantes para colocar fim na mobilização. À cúpula do governo, Galloro esclareceu que isso só pode acontecer em casos de flagrante ou com ordem judicial.
Carlos Marun (Secretaria de Governo) e Eliseu Padilha (Casa Civil) são os maiores entusiastas das prisões, de acordo com pessoas que participam das reuniões desde a semana passada.
De acordo com informações publicadas pela Renova Mídia nesta segunda-feira (28), a Polícia Federal está investigando empresários, associações e sindicatos por suspeitas de estimularem a convulsão social causada pela greve dos caminhoneiros nos últimos 9 dias.
Conforme havia sido mencionado pelo ministro da Segurança Pública, várias empresas, associações e sindicatos estão sob investigação.
Confira lista com alguns nomes que estão sendo investigados pelo Cade por suspeita de locaute.https://t.co/9jaCXPmRPa
— RENOVA (@RenovaMidia) May 28, 2018
Em entrevista nesta terça-feira à rádio CBN nesta terça-feira (29), o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, chamou empresários do setor de distribuição de combustíveis de “inescrupulosos” e disse que eles vão pagar pelo locaute.
Segundo informações do BOL, o ministro declarou:
Você pode ter certeza de que a partir de hoje, nós vamos começar a encontrar esses infiltrados, nós vamos multar essas empresas, que serão 100 mil reais por hora, e o Cade também vai entrar nessa parada fazendo com que essas empresas de um lado, e pelo outro lado através da Polícia Rodoviária Federal, eles saibam exatamente o que vão pagar, o preço que terão que pagar por esse sofrimento que impuseram à toda população brasileira.