Sem lugar para alojar mais frangos, granjas quebram os ovos dois dias antes da eclosão e descartam pintinhos em aterro sanitário.
O descarte de ovos fecundados e de pintinhos de um dia virou rotina nas granjas, depois que a paralisação dos caminhoneiros interrompeu o abastecimento de ração durante vários dias.
Segundo informações da Gazeta do Povo:
O Grupo Alvorada, de Itapetininga (SP), por exemplo, que fornece matrizes de aves de corte para 70 frigoríficos, já eliminou um milhão de pintinhos desde o começo da greve e teve um prejuízo de R$ 4 milhões.
Fernando Vieira, veterinário da empresa, explica que os pintinhos são descartados dentro da máquina nascedoura e depois seguem para o aterro sanitário. “Temos dois milhões de matrizes alojadas, se não chegar a ração, vamos perder tudo isso também.”
Na Zanchetta Alimentos, de Boituva (SP), cerca de 400 mil ovos fecundados foram descartados e viraram adubo.
A empresa tomou essa decisão de reduzir o alojamento de frangos porque se viu acuada por não está conseguindo entregar ração para 11,5 milhões de aves criadas para mais de 400 produtores integrados. O plantel está avaliado em R$ 50 milhões.