“O site O Antagonista e a revista Crusoé nunca compraram informação nenhuma de ninguém”, afirmam os citados em depoimento à PF.
O estudante de direito Luiz Henrique Molição, um dos presos na Operação Spoofing, da Polícia Federal (PF), tentou envolver O Antagonista e a revista Crusoé no enredo do roubo das mensagens de Telegram de centenas de autoridades do Brasil.
Em depoimento prestado na semana passada à PF, segundo informações de O Antagonista, Molição disse ter ouvido de seu parceiro Walter Delgatti Neto, o hacker conhecido como Vermelho, que ele próprio teria vendido ou saberia de uma negociação realizada pelos sites relacionada a uma reportagem sobre o suposto apelido do atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, nas planilhas da Odebrecht.
A reportagem mencionada por Molição é a mesma que levou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a censurar O Antagonista e a Crusoé em abril passado.
“A declaração de Molição, feita sem qualquer embasamento, foi vazada nas últimas horas para jornalistas de Brasília, que procuraram O Antagonista e Crusoé em busca de manifestação acerca do caso”, rebateu O Antagonista.
Em resposta aos comentários de Molição, a redação da revista Crusoé elaborou a nota abaixo:
“O site O Antagonista e a revista Crusoé nunca compraram informação nenhuma de ninguém. Trata-se de uma mentira deslavada de estelionatários a serviço provavelmente de interesses poderosos que visam a minar a nossa credibilidade. Os hackers que inventaram a mentira deslavada foram, inclusive, capas da Crusoé — um deles nesta semana. Quero lembrar ainda que repórteres nossos foram hackeados por esses marginais. Por último, no caso da matéria ‘O Amigo do Amigo do Meu Pai’, que causou a censura da revista, o documento utilizado estava entranhado no processo, como é público e notório. Esses hackers precisam ser punidos exemplarmente. Continuaremos a fazer a nossa parte nesse sentido.”