“Tem de limitar a atuação dessas ONGs”, afirmou o general Heleno em declaração sobre a região amazônica.
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, é um dos mais ferrenhos defensores da soberania territorial brasileira.
Em comentários recentes após as críticas da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, Heleno deixou claro que o governo do presidente Jair Bolsonaro não aceitará a interferência estrangeira na Amazônia.
O general, que classifica a ideia de que a Amazônia é um patrimônio mundial como “bobagem“, disse que países como a Alemanha têm interesse em explorar as florestas do Brasil no futuro.
Heleno disse que nunca teve dúvida de existir uma estratégia “de preservar o meio ambiente do Brasil para mais tarde eles [estrangeiros] explorarem”, com a ajuda de organizações não governamentais (ONGs) “sabidamente a serviço de governos estrangeiros”.
Segundo o jornal Estadão, o ministro-chefe do GSI declarou:
“Falam de umas 100 mil [ONGs], acho exagerado, o controle é muito difícil. Agora, que tem de limitar a atuação dessas ONGs, tem.”
E, destacando que Bolsonaro “não vai aceitar determinadas reprimendas ao Brasil”, acrescentou:
“Esses países que criticam? Vão procurar sua turma. […] Nós não damos palpite em ninguém, não damos palpite no meio ambiente da Alemanha. Veja o que a Europa tinha de floresta no passado e hoje.”
O general completou afirmando que o Brasil tem que procurar uma política ambiental que interessa ao país, para “que possamos aproveitar nossas riquezas sem prejudicar o meio ambiente”.