A decisão do Governo de anular a reforma do sistema de previdência social do país não cessou a indignação dos manifestantes nas ruas.
A Conferência Episcopal da Nicarágua (CEN) aceitou ser mediadora e testemunha do diálogo, conforme proposto pelo governo esquerdista de Daniel Ortega.
A decisão da Nicarágua de anular a reforma do sistema de previdência social do país não fez cessar as manifestações nas ruas, promovidas inicialmente por jovens universitários. A repressão do governo Ortega provocou pelo menos 30 mortos e 428 feridos.
Manifestantes continuam nas ruas mesmo após presidente da #Nicarágua desistir da reforma da previdência.
Pela primeira vez em 11 anos de governo, Ortega e Murillo, sua esposa e vice-presidente, se veem confrontados com pedidos de renúncia.https://t.co/8Ua0wB3J1A
— RENOVA (@RenovaMidia) April 25, 2018
De acordo com informações do Vatican News:
Segundo a Agência Sir, numa coletiva de imprensa realizada, nesta terça-feira (24/04), em Manágua, o presidente da CEN, Cardeal Leopoldo Brenes, Arcebispo de Manágua, leu a seguinte mensagem dos bispos: “Para facilitar o clima de diálogo, achamos essencial e categórico que o Governo e cada membro da sociedade civil evitem toda forma de violência e falta de respeito pela propriedade pública, e que prevaleçam o clima sereno e o respeito absoluto pela vida humana de todo nicaraguense.”
No documento, os prelados manifestam a esperança de que “com espírito sincero e com o desejo de encontrar o bem para a nação se busquem caminhos de paz, apoiada na justiça, na equidade e no direito”.
Os bispos pedem para que a sua medição seja aceita por todas as partes em questão. A situação permanece tensa.
A transmissão ao vivo da coletiva de imprensa da CEN, denuncia o Canal Católico da Nicarágua, foi transcurada pelo Governo e o bispo auxiliar de Manágua, Dom José Silvio Báez, disse em algumas entrevistas que o diálogo “é um grande risco” que se deve correr. “Será um fracasso” sem admissões de responsabilidade e esclarecimentos sobre o que aconteceu nestes dias.