Bolsonaro enfatizou que as mudanças na legislação darão direito à população indígena sobre o uso da própria terra.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, recebeu, nesta terça-feira (18), indígenas de 31 etnias no Palácio da Alvorada, em Brasília.
O encontro com as lideranças indígenas aconteceu antes da cerimônia de hasteamento da bandeira.
Em pronunciamento, Bolsonaro disse que as populações nativas não querem assistencialismo:
“O índio não pode ficar vivendo na sua terra como se fosse um ser humano pré-histórico.”
De acordo com o presidente, as mudanças na legislação defendidas por ele dará direito a essa população sobre o uso das próprias terras:
“Ele tem o direito de garimpar, plantar, arrendar a terra, explorar o turismo. A decisão [das mudanças da lei] é do Parlamento, eu faço minha parte.”
Segundo o site Metrópoles, Bolsonaro alegou que as terras indígenas já são exploradas ilegalmente:
“Entra muita gente lá de forma ilegal e leva embora o diamante bruto, madeira, biodiversidade. Legalizando isso, eles vão ter como fazer com que essas riquezas sejam revertidas para eles e para o Brasil.”
O chefe do Executivo ainda aproveitou a oportunidade para criticar outros países pelo que chamou de “soberania relativa da Amazônia”:
“Queriam que eu me submetesse ao presidente da França [Emmanuel Macron] em troca de migalhas. Não vou me submeter. Me atacam o tempo todo. Não falaram nada sobre incêndio na Austrália, mas uma fogueira de São João na Amazônia é suficiente pra vir pra cima de mim. E deixo bem claro: floresta não pega fogo, ela é úmida.”