Os protestos e tumultos na França fazem parte de um “despertar islâmico” previsto pelo líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou o chefe do Poder Judiciário da República Islâmica, Sadegh Amoli Larijani.
O político iraniano destacou que Ali Khamenei vinha falando há anos sobre a influência islâmica ir além dos países muçulmanos e chegar até a Europa.
Segundo o “Middle East Media Research Institute“, o discurso de Sadegh Larijani baseia-se no fato de jovens da minoria muçulmana da França terem se engajado em numerosos protestos violentos na última década.
No Egito, os meios de comunicação ligados ao governo egípcio de Abd Al-Fattah Al-Sisi alegam que o grupo extremista Irmandade Muçulmana está envolvida nos protestos franceses. Este foi um dos motivos que levaram as autoridades a proibirem a venda de coletes amarelos, conforme noticiou a Renova.
#Egito teme que opositores possam se inspirar no movimento que tem levado milhares às ruas na #França e fazer grandes manifestações no aniversário de sete anos da Primavera Árabe, em janeiro.https://t.co/mijEtEC6IH
— RENOVA (@RenovaMidia) December 11, 2018
Por sua vez, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã declarou no início de dezembro que a França deveria “mostrar moderação” ao lidar com os manifestantes.
O governo de Emmanuel Macron respondeu posteriormente, que o Irã não deveria interferir em seus assuntos internos, registrou o “Gospel Prime“.