A chamada Operação Condor foi uma estratégia político-militar conjunta de ditaduras do Cone Sul para exterminar adversários.
A Justiça da Itália condenou à prisão perpétua 24 envolvidos na Operação Condor. O processo começou há 20 anos, em 1999, com a denúncia de familiares de desaparecidos.
Entre os condenados estão ex-chefes de Estado e expoentes dos serviços militares e de segurança da Bolívia, Chile, Peru e Uruguai, acusados de sequestrar e assassinar 23 cidadãos de origem italiana que viviam em países sul-americanos durante as décadas de 1970 e 1980, informa a agência EBC.
Com a decisão desta segunda-feira (8), o Tribunal de Apelação de Roma alterou a sentença de primeira instância, proferida em 2017, que estabelecia oito prisões perpétuas e 19 absolvições por delitos prescritos.
Foram condenados o ex-presidente boliviano Luis Garcia Meza Tejada, falecido no ano passado; Luis Arce Gomez, ex-ministro do Interior da Bolívia; Juan Carlos Blanco, ex-ministro das Relações Exteriores do Uruguai; o chileno Jeronimo Hernán Ramirez Ramirez e o ex-presidente peruano Francisco Rafael Cerruti Bermudez.