Itália decidiu nesta terça-feira (12) oficialmente a favor de novas eleições na Venezuela, mas não reconheceu o opositor Juan Guaidó como presidente interino do país sul-americano.
“Nós não entendemos por que o país europeu mais próximo de nós não toma uma posição clara contra o ditador (Nicolás) Maduro”, disse Juan Guaidó em carata dirigida aos italianos que teve trechos publicados pela imprensa.
A situação na Venezuela tem causado fortes tensões dentro do governo de coalizão. O partido direitista Liga é a favor do reconhecimento de Guaidó enquanto a sigla antissistema Movimento 5 Estrelas defende uma política de não interferência.
O ministro das Relações Exteriores da Itália, Enzo Moavero, reconheceu em seu discurso que a Itália “considera que as eleições presidenciais de maio passado na Venezuela não atribuem legitimidade democrática ao vencedor, isto é, a Nicolás Maduro”, e ressaltou que até o embaixador italiano não participou da cerimônia de posse.
O chanceler Moavero também disse que o governo está empenhado em “salvaguardar a segurança e os interesses” da comunidade italiana que reside na Venezuela, onde há mais de um milhão e meio de descendentes italianos.
“A situação é complexa e incerta e há sérios riscos. Devemos evitar uma guerra civil”, alertou o chanceler, segundo a revista ISTOÉ.