Alvo das críticas do presidente da Câmara, Heleno nega ser influenciado por Olavo de Carvalho e diz respeitar democracia.
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, explicou seu posicionamento acerca da declaração do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre o AI-5.
Em entrevista ao jornal Estadão, publicada nesta quarta-feira (6), Heleno declarou:
“Jamais pensei em resgatar o AI-5 nos atuais tempos do Brasil. O AI-5 foi instrumento do passado, que tem de ser vinculado àquela época. Não tem o menor sentido pensar que ele possa ser aplicado, com ou sem modificações, nos dias de hoje.”
O general da reserva descartou que o Brasil possa ter atos violentos como os que estão assolando o Chile nas últimas semanas:
“Não, porque o Brasil está dando certo. Apesar de todo o esforço para demonstrar o contrário, os números comprovam que estamos dando e vamos dar certo. Contra fatos e números, não há argumentos.”
Questionado sobre a possibilidade de quebra-quebra em futuras manifestações, Heleno respondeu:
“Nós temos instrumentos legais, previstos pela Constituição: PMs, Força Nacional de Segurança Pública, PF, PRF, está tudo lá no artigo 144. Se eles se esgotarem, temos a Garantia da Lei e da Ordem, que é absolutamente legal e democrática.”