Diversos nomes importantes do âmbito jurídico brasileiros saíram em defesa do juiz federal Sergio Moro após sua atuação neste domingo (8) para impedir a soltura do ex-presidente Lula.
O ex-presidente do STF Carlos Velloso foi categórico:
O juiz não é servidor comum que trabalha tantas horas por dia e fecha a gaveta de seu gabinete na sexta-feira e vai para casa passar o fim de semana tranquilamente. O juiz é juiz 24 horas por dia. É assim mesmo que se portam os juízes vocacionados. É possível verificar que Sergio Moro é um juiz vocacionado. Ele procedeu muito bem.
O desembargador Guilherme Nucci, do TJ de São Paulo, disse que Sergio Moro “agiu corretamente” ao impedir a soltura de Lula:
Ninguém é obrigado a cumprir decisão ilegal de qualquer autoridade. Logo, Moro agiu corretamente ao dizer que o plantonista não é competente para o caso. Aliás, devia ter dito que nem ele é. Essa decisão foi uma ‘barbaridade jurídica’, que empobrece a imagem do Judiciário.
O juiz Wálter Maierovitch declarou:
Uma liminar como aquela só poderia ser concedida em caso de flagrante ilegalidade ou abuso. Isso é um conhecimento básico, até para se passar no exame de Ordem. O magistrado (Rogério Favreto) devia pedir informações à autoridade coatora (que cometeu a ilegalidade), a 8.ª Turma do TRF-4. Nenhum juiz é obrigado a cumprir decisão ilegal. Assim, Sergio Moro agiu corretamente ao se negar a soltar Lula.