O laudo diz que o “exame sugere fortemente” a ocorrência de afogamento do líder indígena.
A Polícia Federal (PF) anunciou, nesta sexta-feira (16), um laudo preliminar que descarta o confronto com garimpeiros como causa da morte do cacique Emyra Waiãpi, no Amapá.
O resultado do exame necroscópico, que foi divulgado após a exumação do corpo do líder indígena, não aponta lesões de origem traumática que pudessem ter ocasionado a sua morte.
O laudo indica que a ferida encontrada na cabeça de Waiãpi era uma lesão superficial. Também não houve fraturas nem foram encontrados indícios de enforcamento.
Em comunicado, segundo o site UOL, a PF explicou que “apesar das informações iniciais darem conta de invasão de garimpeiros na terra indígena e sugerirem possível confronto com os índios, que teria ocasionado a morte da liderança indígena, o laudo necroscópico não apontou tais circunstâncias”.
“O documento, assinado por dois médicos legistas do quadro de servidores da POLITEC/AP, estimou que a morte ocorreu entre os dias 21 e 23 de julho último, e não encontrou lesões de origem traumática que pudessem ter ocasionado o óbito”, acrescenta a nota.