A força-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo denunciou o ex-presidente Lula por lavagem de dinheiro.
A acusação formal levada à Justiça Federal aponta que, ‘usufruindo de seu prestígio internacional, Lula influiu em decisões do ditador da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, que resultaram na ampliação dos negócios do grupo brasileiro ARG no país africano’.
Segundo a Procuradoria da República, em troca, o ex-presidente recebeu R$ 1 milhão dissimulados na forma de uma doação da empresa ao Instituto Lula.
Esta é a primeira denúncia da Lava Jato São Paulo contra o ex-presidente. Além de Lula, o Ministério Público Federal denunciou o controlador do grupo ARG, Rodolfo Giannetti Geo, pelos crimes de tráfico de influência em transação comercial internacional e lavagem de dinheiro.
Os fatos teriam ocorrido entre setembro de 2011 e junho de 2012, quando o petista já não era presidente. Como Lula já tem mais de 70 anos, o crime de tráfico de influência prescreveu para ele, mas não para o empresário.
Durante as últimas eleições no Brasil, o filho do ditador da Guiné Equatorial teve milhões retidos pela Polícia Federal enquanto tentava chegar em Brasília, conforme noticiou a Renova Mídia.
Delegação de Guiné Equatorial chegou em aeronave do governo ao aeroporto de Campinas (SP), mas não estava em missão oficial.
Foram apreendidos em uma mala US$ 1,4 milhão e R$ 55 mil. Em outra mala, cerca de 20 relógios avaliados em US$ 15 milhões.https://t.co/AyoRQZUfPd
— RENOVA (@RenovaMidia) September 16, 2018
Adaptado da fonte Estadão