O ditador Nicolás Maduro acusou nesta terça-feira (22) o governo do Equador de executar uma “perseguição nazifascista” contra refugiados da Venezuela.
Em rede nacional de rádio e televisão, Nicolás Maduro esbravejou:
“Quero aproveitar para me solidarizar com os emigrantes venezuelanos que vivem no Equador e que estão sendo alvo de uma perseguição nazifascista por parte do governo equatoriano.”
E, segundo a “AFP“, acrescentou:
“Dei instruções à Chancelaria para que elabore um plano de denúncia internacional em todos os organismos, porque o presidente do Equador convocou a formação de brigadas de perseguição contra o povo venezuelano que vive no Equador.”
O assassinato de uma cidadã equatoriana, no último fim de semana, na cidade de Ibarra, fez com que setores da população expulsassem venezuelanos de hotéis, casas e parques onde dormiam, e exigissem que abandonassem a cidade, principal passagem para o interior do Equador.
O presidente equatoriano, Lenín Moreno, anunciou no Twitter a formação de “brigadas para controlar a situação legal dos imigrantes venezuelanos”.
Após o incidente em Ibarra, o governo Moreno passou a exigir dos venezuelanos que entram no Equador a apresentação de uma certidão de antecedentes penais.
Quito também criou as brigadas para controlar a situação dos imigrantes nas ruas, locais de trabalho e pontos na fronteira.
O chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, acusou o governo Moreno de “instigar uma espiral de violência xenófoba contra a comunidade migrante venezuelana no Equador”.