“É uma inverdade do Ministério Público o uso de caixão na porta do ministro Alexandre de Moraes”, diz advogado dos réus.
A Justiça de São Paulo aceitou, nesta terça-feira (12), a denúncia feita pelo Ministério Público contra dois cidadãos que participaram de um protesto no dia 2 de maio em frente ao prédio do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Antonio Carlos Bronzeri e Jurandir Alencar viraram réus por ameaça, difamação, injúria e perturbação do sossego. Ambos são apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro.
O juiz Márcio Sauandag, da 22ª Vara Criminal, aceitou a denúncia por encontrar “indícios de autoria e materialidade delitivas”.
O magistrado deu o prazo de dez dias para que os denunciados apresentem suas defesas por escrito.
Danilo Garcia de Andrade, advogado dos réus, afirmou:
“É uma inverdade do Ministério Público o uso de caixão na porta do ministro Alexandre de Moraes; também não houve utilização de caminhão de som ou de carro de som na manifestação. Foi usado um veículo particular Zafira, onde foi colocada uma caixa de som em cima deste automóvel.”
Na denúncia do Ministério Público (MP), a promotora Alexandra Milaré Santos pediu que as penas fossem agravadas pelas supostas ofensas terem sido realizadas durante evento de “calamidade pública”, ou seja, durante a pandemia do novo coronavírus.