O escritor laureado com o Nobel de Literatura de 2010 comentou sobre os desenvolvimentos recentes do cenário político brasileiro.
Nos últimos meses, o renomado escritor Mario Vargas Llosa vem concedendo declarações que devem estar deixando muitos militantes de esquerda revoltados.
O escritor peruano Mario Vargas Llosa declarou:
"O politicamente correto é o inimigo da liberdade porque rejeita a honestidade e a autenticidade. Temos de enfrentá-lo como a distorção da verdade."https://t.co/YQjaQ9ig4O
— RENOVA (@RenovaMidia) March 7, 2018
Em artigo intitulado "Novas Inquisições", o vencedor do Prêmio Nobel, Mario Vargas Llosa, declarou:
"O feminismo é hoje o mais resoluto inimigo da literatura, que pretende depurá-la do machismo, dos preconceitos múltiplos e das imoralidades"https://t.co/Iqm573vtQI
— RENOVA (@RenovaMidia) March 20, 2018
O Antagonista publicou uma breve análise de Vargas Llosa sobre o cenário político brasileiro e a operação Lava Jato:
Os protestos pela prisão de Lula não levam em conta que, desde a grande mobilização popular contra a corrupção que ameaçava sufocar todo o Brasil, e em grande parte graças à coragem dos juízes e promotores liderados por Sergio Moro, juiz federal de Curitiba, centenas de políticos, empresários, funcionários públicos e banqueiros, foram presos ou estão sendo investigados e têm processos abertos. Mais de cento e oitenta já foram condenados e há várias dezenas deles que o serão em futuro próximo.
Nunca na história da América Latina havia acontecido algo semelhante: um levante popular, apoiado por todos os setores sociais, que, a partir de São Paulo, se espalhou pelo País, não contra uma empresa, um caudilho, mas contra a desonestidade, as más ações, os roubos, os subornos, toda a corrupção gigantesca que gangrenava as instituições, o comércio, a indústria, a prática política, em todo o país. Um movimento popular cujo objetivo não era nem a revolução socialista nem derrubar um governo, mas sim a regeneração da democracia, para que as leis deixassem de ser letra morta e fossem verdadeiramente aplicadas a todos igualmente, ricos e pobres, poderosos e pessoas comuns.
O extraordinário é que esse movimento plural tenha encontrado juízes e promotores como Sergio Moro, que, encorajados por essa mobilização, deram-lhe um canal judicial, investigando, denunciando, mandando para a prisão uma série de executivos, empresários, industriais, parlamentares, funcionários, homens e mulheres de todas as condições, mostrando que é viável, que qualquer país pode fazê-lo, que a decência e a honestidade são possíveis também no terceiro mundo, se houver vontade e apoio popular para fazê-lo. Sempre cito Sergio Moro, mas seu caso não é único, nestes últimos anos, temos visto no Brasil como seu exemplo foi seguido por inúmeros juízes e promotores que se atreveram a enfrentar os supostos intocáveis, aplicando a lei e devolvendo pouco a pouco ao povo brasileiro uma confiança na legalidade e liberdade que quase tinha sido perdida.