“Não se resolve o problema da criminalidade simplesmente soltando criminosos”, declarou futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, nesta segunda-feira (26).
Em declaração pública contra a proposta que afrouxa penas, Sergio Moro disse que a soltura de presos para conter a superlotação das cadeias não foi a mensagem passada nas eleições.
Como noticiou a Renova Mídia, um grupo de parlamentares de partidos envolvidos nas investigações da Lava Jato pressiona o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a colocar em votação nas próximas semanas projeto que altera as regras de execução penal no Brasil.
Um grupo de parlamentares de partidos envolvidos na Lava Jato pressiona o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a votar logo o projeto de lei que afrouxa a punição a crimes de colarinho branco, entre outros delitos.https://t.co/CIKZaBVLF4
— RENOVA (@RenovaMidia) November 26, 2018
O ex-juiz da Lava Jato voltou a defender o adiamento da votação do projeto de lei. Ele disse que conversou com Rodrigo Maia para deixar a discussão para o ano que vem, para o novo governo poder opinar.
Em frente ao CCBB, em Brasília, o futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, declarou:
Não penso que resolve-se o problema da criminalidade simplesmente soltando os criminosos. A sociedade acaba ficando refém dessa atividade criminal e me parece que a mensagem dada pela população brasileira nas eleições não foi exatamente essa.
E acrescentou:
Claro que a superlotação é um problema, isso tem que se trabalhado. Mas simplesmente abrir as portas das cadeias não é a melhor solução. Isso tem que ser enfrentado de outra maneira.
Adaptado da fonte Folha