O pedido de inquérito tem como base publicações em redes sociais oficiais do governo — todas subordinadas a Wajngarten.
O chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Fabio Wajngarten, pode ser investigado por apologia a crimes contra a humanidade.
O pedido para abertura de investigação foi feito pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), órgão ligado à Procuradoria-Geral da República (PGR).
No documento, o órgão requer a apuração e a responsabilização pessoal de Wajngarten, inclusive por suposta prática de improbidade administrativa.
O motivo é a publicação feita nesta terça-feira (5) no perfil oficial da Secom no Twitter. Confira aqui.
A postagem classifica como “heróis do Brasil” os agentes públicos que atuaram na repressão à Guerrilha Comunista do Araguaia, nos anos de 1970.
A publicação ainda conta a imagem de encontro, ocorrido na véspera, entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, e Sebastião Curió, oficial do Exército brasileiro que chefiou a campanha no Araguaia.
De acordo com o órgão do Ministério Público Federal (MPF), a postagem é uma “ofensa direta e objetiva ao princípio constitucional da moralidade administrativa, por representar uma apologia à prática, por autoridades brasileiras, de já reconhecidos crimes contra a humanidade e graves violações aos direitos humanos”, destaca o site Metrópoles.