Os protestos realizados no sábado (29) contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) confirmaram o que muita gente suspeitava: o movimento #EleNão é a mesma coisa do #LulaLivre.
José Roberto de Toledo, presidente da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), parece não feito uma investigação muito apurada neste fim de semana.
Na noite de sábado (29), ele publicou na revista Piauí um artigo em que critica a falta de cobertura televisiva ao vivo dos protestos #EleNão, organizados em todo o País por setores obviamente conectados ao PT para adiantar o segundo turno e atacar a candidatura de Jair Bolsonaro.
Não precisa avançar muito na leitura para perceber que a matéria de Toledo não é uma análise, mas uma torcida. Em certo momento, ele escreve:
O movimento não é partidário nem promove nenhuma candidatura específica. É contra um candidato, sim, mas não prega que é melhor votar neste ou naquele outro.
Talvez o colunista esteja certo sobre a falta de cobertura ao vivo dos protestos. Que seja. Eles ganharam mais de 4 minutos e meio no Jornal Nacional de sábado, o que é bastante tempo.
Agora, dizer que o protesto foi apartidário é – para ser generoso – falta de apuração. Bandeiras do MST e faixas com os nomes de Fernando Haddad e Lula estavam por toda parte.
A organização de extrema-esquerda MST convocou a sua militância – homens e mulheres – para saírem às ruas no dia 29 contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), ao lado das feministas do movimento "Ele Não".https://t.co/NCevEc2NXH
— RENOVA (@RenovaMidia) September 27, 2018
Nenhuma força política no Brasil além do PT é capaz de fazer em tão pouco tempo tantas manifestações com trios elétricos tão parecidos, combinando a mesma estética, utilizando o engajamento de vários blogs da extrema-esquerda, entre ouras táticas de marketing político.
EXCLUSIVO: A melhor maneira de entender o movimento feminista "Ele Não" é conhecer o que um dos principais impulsionadores da hashtag tem a dizer sobre Jair Bolsonaro (PSL).https://t.co/1QA6u741QW
— RENOVA (@RenovaMidia) September 29, 2018
Para não dizer que estamos agindo de má fé, o Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação da USP foi ao Largo da Batata e tirou conclusões semelhantes. “A maioria dos presentes era de esquerda, branca e com escolaridade e renda elevadas”, diz o texto da BBC Brasil, reproduzido pela Renova Mídia.
Segundo levantamento da USP, a maioria dos presentes no protesto do movimento "Ele Não" contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) era de esquerda, branca e com escolaridade e renda elevadas.https://t.co/0U0Kl6hR4E
— RENOVA (@RenovaMidia) October 1, 2018
Adaptado da fonte AAgência