Muitos profissionais cubanos do “Mais Médicos” temem ter que voltar para o controle da ditadura cubana com o fim do programa.
A saída unilateral de Cuba do programa “Mais Médicos” atrapalha os planos de centenas de profissionais cubanos que encontram no Brasil uma chance de recomeço.
O futuro desses médicos é incerto, mas as ordens da ditadura é de que todos os profissionais cubanos deixem o País até 31 de dezembro.
Vivendo em território brasileiro, os médicos cubanos não conseguiram apenas exercer sua profissão, mas também muitos constituíram uma família.
É o caso do cubano Frank Rodríguez, de 35 anos, que trabalha há 4 anos em um hospital do município de Serra, no Espírito Santo.
Em entrevista ao jornal HuffPost Brasil, Rodríguez desabafou:
Eu amo o meu país, mas não quero voltar para lá de maneira compulsória. Eles não podem decidir por mim. Eles não perguntaram se eu queria ficar no Brasil. E eles também não me deixam fazer a prova para revalidar o diploma.
E acrescentou:
Não tenho assistência nenhuma da empresa estatal que cuida do meu contrato, apenas assinei o documento e é isso. Eles tentam proibir a gente de fazer o Revalida porque é o único jeito de manter a gente vinculado ao governo cubano. E eles têm medo de perder o contrato porque somos os empregados que estão aportando uma grande quantidade de dinheiro para Cuba.