Assim como na eleição que colocou Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, a vitória de Davi Alcolumbre (DEM-AP) na disputa pela Presidência do Senado teve as redes sociais como protagonista.
A cobrança da internet brasileira para que senadores abrissem seus votos na eleição interna impulsionou a candidatura de Davi Alcolumbre e incomodou seu principal adversário, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), ao ponto de o emedebista abandonar a disputa.
A votação aberta foi uma bandeira do grupo anti-Renan, que contou com o constrangimento de parlamentares em declarar apoio a um senador alvo de 17 inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) e intrinsecamente ligado à imagem da velha política.
Ao longo dos últimos dias, muitas hashtags viralizaram nas redes sociais contra o retorno de Calheiros ao poder do Senado Federal. RENOVA teve a oportunidade de cobrir algumas.
A pressão popular nas redes sociais foi tamanha que nem mesmo a decisão do presidente do STF, Dias Toffoli, de manter a votação fechada, brecou a estratégia dos senadores de abrirem seus votos.
Senadores passaram então a exibir as cédulas aos fotógrafos presentes no plenário ou declarar o voto no microfone e em suas redes sociais.
Quem não revelava o voto era criticado, como foi o caso do senador Flávio Bolsonaro (PSL-SP), que não mostrou seu voto na primeira vez, mas declarou sua escolha por Alcolumbre na segunda oportunidade.
O estreante Jorge Kajuru (PSB-GO) foi mais longe. Ele abriu uma enquete no Facebook para que seus seguidores escolhessem o seu candidato. O presidente Alcolumbre venceu com folga.