“Poderes de emergência não deveriam ser uma arma que governos podem brandir para sufocar a dissidência”, diz Bachelet.
O escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) expressou preocupação, nesta segunda-feira (27), com a violência das forças de segurança durante o período de isolamento por causa do coronavírus.
Em um comunicado, segundo a agência Reuters, a Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, declarou:
“Poderes de emergência não deveriam ser uma arma que governos podem brandir para sufocar a dissidência, controlar a população e até se perpetuar no poder.”
Uma autoridade da ONU citou 15 países nos quais as denúncias foram consideradas mais perturbadoras:
- Nigéria;
- Quênia;
- África do Sul;
- Filipinas;
- Sri Lanka;
- El Salvador;
- República Dominicana;
- Peru;
- Honduras;
- Jordânia;
- Marrocos;
- Camboja;
- Uzbequistão;
- Irã;
- Hungria.
Georgette Gagnon, diretora de operações de campo, acrescentou que “provavelmente há várias dúzias mais que poderíamos ter ressaltado:
“Uma grande preocupação em relação às medidas de emergência excepcionais é o que tem sido descrito como uma cultura de isolamento tóxica em alguns países. Como a Alta Comissária ressaltou, a polícia e outras forças de segurança estão usando força excessiva e às vezes letal para impor isolamentos e toques de recolher.”